Tenho uma relação umbilical com o Rock in Rio. Estive em todas as edições, como fã ou trabalhando, desde a primeira, em 1985, quando fui uma das sortudas/sortudos que se afundaram na lama encantada da primeira Cidade do Rock, ao som de Yes.
Em 1991, na edição realizada no Maracanã, eu estava firme no gramado, dançando ao som de Santana, que trouxe como convidados Gilberto Gil e Djavan. A edição de 2001, foi simplesmente mágica. Com o tema “Por um mundo melhor”, vivi um dos momentos profissionais mais lindos da minha vida: James Taylor trazendo para o palco e pelas mãos um Milton Nascimento emocionado e quase paralisado com os gritos da plateia que chamava por ele. Eu já era empresária de Milton, que abriu aquela 3ª edição do Rock in Rio na hora do Angelus, às 18h, logo após um minuto de silêncio transmitido para todo o mundo. O show, eu assisti da mesa do monitor, acompanha pelo próprio James Taylor e por Sting, ambos extasiados com a música de Milton.
Em 2011, eu voltava firme para os gramados ao som de Steve Wonder e sob o impacto do meu primeiro show de Shakira. Em 2013, no gramado novamente, dois momentos marcantes: a Homenagem ao Cazuza no show de Bruce Springsteen e no palco Sunset, quando voltei ao batente com o show de Maria Rita e Selah Sue.
Em 2015, o show de Elton John assistido com toda minha família e o inesquecível show de John Legend que alguns anos antes eu havia conhecido em Atlanta, nos Estados Unidos, quando da gravação do dueto com Ana Carolina em “Entreolhares”.
Em 2017, voltei profissionalmente ao Festival, dessa vez no palco Digital Stage, para onde eu trouxe o primeiro grande show solo de Luiza Sonza e um show reapresentado em vários horários de Whinderson Nunes, que para quem ainda não sabe, é bom músico e compositor. O encontro dos dois no palco quase quebrou a internet no dia 16/09. Mas nessa edição, a fã também estava firme lá no Palco Sunset, assistindo Rael convida Elza Soares e o Skank quebrando tudo no Palco Mundo.
Em 2019, com minhas filhas, assisti incrédula a maravilhosa performance acrobática da Pitty. E em 2022, lavei a alma de todas as agruras da pandemia ao som de Coldplay. Então, imagine a minha emoção quando, no final do ano passado, recebi de Roberto Medina, através de minha querida Marisa Menezes, o honroso convite para ser a curadora das atrações internacionais do Palco de Jazz no novo Festival da Rock World, o The Town. O palco, batizado em homenagem à cidade que abriga o Festival, Palco São Paulo Square, trará o som das Big Bands, com Jazz, blues e uma celebração para todo o clima urbano da maior cidade da América Latina. Ninguém melhor do que o incrível Roberto Medina, idealizador do Festival, para falar um pouco sobre esse novo empreendimento, esse novo formato, essa nova aventura.
A equipe do The Town tem como base a mesma equipe que vem fazendo do Rock in Rio o maior e um dos mais importantes festivais de música do mundo, trazendo para a Cidade da Música, em São Paulo, o mesmo compromisso de excelência do Rock in Rio. E eu, em 2023, com o maior orgulho, estarei fazendo parte dela! Obrigada, Roberto Medina e Luís Justos pela confiança. Zé Ricardo, muito feliz com a oportunidade de voltarmos a trabalharmos juntos!
São Paulo, se prepare porque, em 2023, teremos dias de “rock, bebê!”, mas também dias de Jazz!
Marilene Gondim | Direitora MRG Projetos Culturais
Roberto Medina fala sobre o The Town em entrevista para o Jornal Nacional | 12/01/2023